quarta-feira, 1 de julho de 2009

Melinda e Melinda

Tragicomédia. Apenas uma palavra fusionada pra descrever mais um filme do mestre Allen. Novamente com Óperas e poetas, como Tchékhov. Porém, dessa vez sem a sua musa inspiradora: Scarlett Johansson. Woody talvez nem conhecesse tal encarnadora. Mas já conhecia Radha Mitchell, que no filme encarna em duas Melindas diferentes. Sim, existem duas Melindas no longa, por isso "Melinda e Melinda". Quem assiste desde o princípio, percebe que existem duas histórias contadas por amigos em um bar. Um inventa uma comédia. O outro, uma tragédia. Uma Melinda trágica e outra irônica. O interessante é que em um ponto, as duas histórias chegam a uma semelhança absurda. Demonstrando que a comédia se confunde com a tragédia, e até mesmo rimam. É um novo gênero para aqueles que gostam de classificar os filmes, esse citado como a primeira palavra do post, chegando novamente na palavra-chave de Allen: ironia. Uma palavra que encontrei em todos os filmes de Woody que assisti. Nesse, o meu riso se confundia com minha tristeza, e assim, me deixando com a cara, por vezes entortada. Na hora de rir, às vezes parava, e na de entristecer, às vezes ria. Há uma parte, em que Will Ferrell, encarnado em Hobie, apaixonado por Melinda, diz a ela "A vida é tão curta e imprevisível, e quando acaba, o que vira? Tchékhov disse - Uma bola de sabão".

Um comentário:

  1. Novamente o mestre Allen!
    Tragicomédia,magnifico,Renan fazendo neologismos assim como Guimaraes Rosa!
    tenho lembranças remotas de ter visto essa obra prima,e o blog me trouxe essas lembranças!
    Estou chorando de emoçao!

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