segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Elefante

Não quis colocar a imagem do cartaz porque achei mais interessante a foto, que também é do cartaz que divulga e tem o nome do filme. Por falar no nome dele, vamos lá às questões: "Por que Elefante?". É o que muitos devem querer saber, mas a maioria descobre o seu significado logo ao assistir esse longa de Gus Van Sant. Sim, mais um dele, e ainda é pouco perto da sua vasta lista de obras. A nomenclatura diferenciada, que parece não tratar do assunto em tal metragem, refere-se ao modo de como ele foi feito. Não, não é um elefante que carrega a câmera em cada cena, mas é isso que parece acontecer. As andanças dos estudantes de Columbine pelos corredores gigantescos torna "Elefante" parecer frio e calculista. Há cenas em que se repetem de um outro ângulo e isso torna o filme ainda mais diferente. Com a trilha de Beetovhen, descobrimos a beleza da fotografia desse pintor e cinesta chamado de Gus, utilizando da paisagem colorida, e da câmera quase sempre se movimentando. O massacre de Columbine é tema central da história? Ou a vida dos envolvidos no crime, pouco antes de ele acontencer? Em apenas 1 hora e 18 minutos, fui transportado para a tela, como se fosse um Elefante andando por Columbine, e vendo a vida de cada jovem até a hora do ocorrido.

domingo, 30 de agosto de 2009

GIA

Apesar de não parecer tanto com a modelo que deu origem ao filme que tem o nome do mesmo, Angelina Jolie mostrou porque decidiu ser atriz. Gia foi uma supermdelo dos aos 80, nascida em 1960, e falecida em 1986 devido à AIDS, que ela contraiu de alguma injeção à base de droga. Sim, ela usava drogas, e não só injetava como cheirava. Mas o que mais me marcou no filme não foi a sua decadência, e sim a sua explosiva aparição na moda mundial. Aparecendo inclusive na VOGUE, popular revista, se não a mais conhecida, do cenário da moda mundial. Não vão pensando que mesmo não parecendo com Jolie, Gia não tenha sido esbelta, pois pra aparecer em tantas revistas e faturar um bom dinheiro não basta ser bonitinha. No filme, aparece o seu romance lésbico com Sandy Linter, que no mesmo se chama Linda e é feita por Elizabeth Mitchell. Sim, GIA era bissexual. Um longa de Michael Cristofer com quase duas horas de duração. Uma vida de Gia Carangi com 26 anos de duração. Uma lembrança de eterna duração, com eterna beleza...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Monster


Charlize Theron e Christina Ricci, vivendo a vida de duas mulheres em que Patty Jenkins se baseou para escrever e dirigir tal longa. Com apenas esses três nomes, eu posso dissertar sobre todo o filme. Aileen Wuornos é a prostituta que Theron encarna. Selby Wall é a moça que Ricci vive, namorada de Aileen. Começando de uma forma peculiar, com a janela de reprodução com o tamanho bem diminuto que cresce com o decorrer da primeira cena, conforme a protagonista conta o seu passado. A narradora é Charlize, que não parece Charlize em tal filmagem, e até mesmo na foto desse texto. Segundo as fontes virtuais, ela engordou 13 quilos e meio, usou uma prótese dentária e raspou as sonbrancelhas para ser Wuornos. Quem se acostumou a ver aquele rosto delicado, com traços femininos, em "Monster" leva um susto, quando se depara com uma mulher que parece um homem, até no modo de ser. Ela encontra Selby em um bar, e a partir daí, elas resolvem manter contato. E não vá pensando que Christina tem toda a sua sensualidade feminina como em "Igual a tudo na vida", começando pelas roupas, que são bem largadas e largas. Um romance lésbico as une, e a busca por dinheiro faz Aileen começar a praticar crimes contra os seus clientes. A trilha sonora do filme é excelente pra suavizar o choque que as imagens podem demonstrar. Não é à toa que Charlize foi bastante premiada por encarnar em uma pessoa tão explosiva, e não é à toa também, que ele se encontra aqui...

domingo, 23 de agosto de 2009

Milk

Gus Van Sant novamente. Sean Penn também. Além de Emile Hirsch. Três nomes já presentes por aqui em posts anteriores, mas que agora se unem pra aparecer em um filme sobre Harvey Milk, um ativista gay, que é o primeiro homossexual a ser eleito para ocupar um órgão público: na ocasião, como supervisor. Agora me digam o nome da cidade em que ele foi eleito. E lembrem-se, nada de Pelotas ou Campinas, pois estamos tratando de EUA. São Francisco? Simples, não? Exatamente. Talvez seja por isso que a cidade seja conhecida como a capital homossexual dos Estados Unidos, e por que não do mundo? O primeiro nome citado aqui, já é bem conhecido nesse blog. O segundo e o terceiro nomes nem tanto, mas também já passaram por aqui. Sean, postado aqui pelo seu trabalho em "21 gramas", aparece agora como o astro que recebe o nome do longa. Sim, ele demonstra o seu homossexualismo no decorrer da metragem, e não só uma vez. Uma vez me disseram: "Eu acho que os melhores atores e atrizes, são aqueles que fazem gays e lésbicas em filmes". Penn mostrou que a frase faz sentido, e já mostrava a sua força antes mesmo de encarnar em Harvey "Leite". Suas atuações gays foram únicas, ou melhor, tão boas quanto às de Daniel de Oliveira ao encarnar Agenor (Cazuza). Gus Van Sant, que mal tinha passado por aqui com "Paranoid Park", agora ilustra a parede desse livro virtual com um filme "biográfico". Novamente utilizando técnicas excelentes de filmagem, o que já é redundância quando se trata dele. E Emile Hirsh, astro de "Intro the Wild", dirigido pelo astro do longa postado agora? Tal jovem vive Cleve Jones, um dos apoiadores de Milk, que também é homossexual, e aparece em uma cena que podemos comprovar isso. "Gay Rights Now" é o que ele grita em uma caminhada de apoio aos direitos homossexuais. Harvey Milk é o nome dele. Milk, para a política. Milk, para a história. Milk para Penn. Assassinado em uma cena fabulosa do filme, o que na realidade foi terrível. Não, Harvey não morreu ao falar no seu megafone, e nem em um de seus comícios. 30 mil pessoas. Guardem esse número, o tamanho da cidade de Jaguarão, e olha que não é pouco. No final, compreenderão...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Tango

Carlos Saura é o nome dele. Tango é o nome do filme. Mía Maestro é o nome dela. Miguel Ángel Sola é o nome dele. O primeiro é o realizador argentino de monstruosa metragem vista hoje por mim. A segunda é a deliciosa atriz que encarna perfeitamente em uma moça que faz aula de tango. O terceiro é o destruidor encarnador que vive o diretor teatral, personagem em que o filme mais foca, relatando os seus sonhos, e a confusão deles com a sua realidade. A trilha sonora do filme nem precisa ser perguntada, levando em conta o nome do mesmo. A fotografia, ela sim, poderia ser perguntada por muitos, e a melhor resposta seria ela mesma na sua frente. Um longa que não possui nenhum cena externa, ou seja, com filmagem na rua. Quando as cenas não ocorrem dentro de um cenário repleto de espelhos e várias cores pra iluminá-lo, o que é raro, são gravadas em ambientes internos. Por falar em cores, elas pra mim foram fundamentais na beleza de tal obra. A iluminação é excelente, tanto que o filme parece um espetáculo teatral. E isso tudo pra dar o tom sonhador de Miguel, com os seus devaneios e as suas lembranças. Há cenas em que um filme passa em uma tela no meio de tal cenário, e não me pergunte se isso é a imaginação dele ou a realidade, pois isso não é explicado. E ainda tem uma magnífica dançarina, encarnada pela não menos sublime Cecília Narova, que não dança tango, o tango dança ela.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Acossado

"Mas a Mônica queria ver o filme do Godard", quem já não ouviu esse famoso verso, da não menos famosa música "Eduardo e Mônica", da não menos ainda famosa banda Legião Urbana? Garanto que muitos tentaram descobrir quem era esse tal de Godard, e se perguntaram da onde ele seria, ou melhor, tentaram ver algum filme dele. Enquanto o Eduardo sugeria uma lanchonete, a Mônica, uma mecena de carteirinha preferia a metragem de tal realizador francês (pronto, falei a origem dele). Não, não pensem que os dois da foto são Eduardo e Mônica, e que ele, com aquela mão por trás do pescoço dela, esteja convidando a mesma pra ir comer um cachorro-quente. Nem pensem que ela esteja falando pra ele que quer ver o filme de Godard, e ao mesmo tempo, analisando as suas patas. Jean-Luc Godard é o nome dele, um dos expoentes da Nouvelle Vague (movimento cinematográfico francês que visava um cinema diferenciado, já citado aqui anteriormente em posts relacionados ao Cinema Novo). Godard é conhecido por filmar com a câmera na mão. Acham isso comum? Isso é porque estamos no século vinte e um...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Mulher de Todos

Mais um do Rogério Sganzerla. Mais um do Cinema Marginal. Mais um filme brasileiro. Mais um filme nostálgico. Mais um filme em preto e branco. Mais um com radialistas na narração. Dessa vez com Jô Soares e Stênio Garcia, o primeiro que hoje é apresentador do magnífico Programa do Jô, o que antes se chamava "Jô Soares 11:30", e outro que hoje faz a maravilhosa novela global "Caminho das Índias", e é nacionalmente conhecido por encarnar em Carga Pesada, como o caminhoneiro Bino, companheiro de Pedro, que é encarnado pelo não menos talentoso Antônio Fagundes, que não faz tal filme postado hoje. Rogério mostra a grande força do Cinema Marginal nesse longa bem brasileiro e bem marginal. Isso seria redundância?

domingo, 16 de agosto de 2009

Paranoid Park

Gus Van Sant novamente por aqui. E eu, novamente postando ao som de uma música que me inspira e me faz querer ouvi-la mais de uma vez. Dessa vez é Lulina, uma artista alternativa que gravava canções caseiras e acabou sendo descoberta no "trama virtual" e no meu cérebro, a última descoberta foi há uns dois anos atrás, há pouco lembrei dela, mas não lembrava do nome, até que achei de tanto pesquisar por "chutes" e sites. Mas o assunto maior aqui é relacionado à outra arte: cinema. E lá vamos nós. Tal filme postado hoje é mais uma confissão do que simplesmente uma obrigação de tentar achar algo pra postar, por isso o vazio de posts em alguns dias têm sido rotina. O filme que representa tal confissão tem de ser de tal cineasta que lida muito com o modo confessional que os seus longas são feitos. Algo que me fez criar um certo esteriótipo ou um rótulo ao Sant é o seu interesse por assuntos relacionados à juventude, drogas e introspecção do ser, esse último bem demonstrado nesse filme e em "Last Days". Com uma trilha sonora melancólica e até mesmo transcendental, sendo colocada juntamente com cenas em câmera lenta, com o foco somente no skatista e protagonista ou cenas em que skatistas andam encima dos seus objetos de desejo quando a imagem parece de outra câmera, pela qualidade infeiror à do resto da metragem que ela apresenta. Além disso, algo bem explorado pelo magnífico Marcelo Janot, é a ocultação dos pais de Alex, exceto em uma parte, quando o pai
do mesmo resolve perguntar sobre a vida do filho, o que demonstra a importância em focá-lo. O filme é bastante desmontado, e narrado em algumas partes pelo próprio Alex, e há cenas que a estática é quase alcançada por completo, como a do banho. Porém há uma cena pra mim que parece mais interessante de ser observada por aqui, entenderão vocês ou não, depois de assistirem essa obra desse homem que pinta e se inspira nos seus quadros pra criar as suas histórias.


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Filhos da esperança

Mais uma "ficção-científica" por aqui, dessa vez de Alfonso Cuarón e com Clive Owen vivendo o homem da foto. Tal ser, vive no filme, alguém que encontra uma moça grávida em um futuro onde não existem mais gestantes. Julianne Moore, a mesma cega de "Ensaio sobre a cegueira" de Fernando,baseado no livro de Saramago, também encarna nesse longa. Com um belo cenário, tal metragem utiliza bastante a cinemática em suas cenas. A trilha também é bastante importante pro desenrolar das encenações e completamente relacionada ao contexto cinematográfico. No mais, visitem a Ti Ti TI online pra saber sobre o filme, ou perguntem pro Marcelo Janot no blog dele. Como? Acham que o Janot não viu esse filme? Janot é o maior cinéfilo de todos os tempos, ele certamente viu esse filme, e não me digam que ele assiste somente filmes cult, pois todo o cinéfilo tem o seu armário com Mazzaropi, Grande Otelo e outros grandes nomes do cinema. E a Ti Ti Ti online, pra quem não sabe como encontrar, é só acessar o grandioso Dicionário Online. Google? Não esse, é um menor mesmo. Viva Cuarón e o cinema mexicano.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Código 46


Voltando à ativa, após alguns dias sem postar, resolvi lhes mostrar, ó discípulos, um filme que me veio à cabeça nesses tempos, me trazendo toda a sua escultura cinematográfica. Michael Winterbottom é o realizador de tal longa, que trata de uma civilização fictícia, podendo talvez, declarar ela como futurista. Com Tim Robbins e Samantha Morton, ou seja, uma dupla de primeira e escrito por Frank Cottrell Boyce. Com a produção da BBC filmes, a metragem me passou uma idéia parecida com a do "The girl from monday" do Hal Hartley, demonstrando o controle exercido sobre o ser humano por ele mesmo, e quais as consequências disso em uma sociedade quase robótica. No "Código 46", o mercado não é o assunto principal, mesmo que faça parte indiretamente dele, mas sim o romance entre um homem e uma mulher que não pode existir, pois pra cada ser humano há um genótipo certo de um indivíduo, tornando assim, o relacionamento, uma conclusão laboratorial e exata. Quem não segue essa regra imposta pelo mundo, viola o código que recebe o nome do filme, e acaba esquecendo o que ocorreu nesse relacionamento, por perda de memória.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Limite

NO LIMITE? Não, não é o programa da globo que aparece por aqui agora, até porque nessa época o programa não era nem projeto (ou era?). Zeca Camargo não era (ou era)? Bom, o filme foi feito em 1930, ou seja, não faz pouco tempo. Época em que os musicais e o cinema mudo estouravam no cenário cinematográfico, e Mário Peixoto criava um longa polêmico. Sim, tal filme que descrevo agora provocou pancadaria nas suas primeiras exibições (Fonte: Ti Ti Ti online). Um musical, com uma extensa música clássica em quase duas horas de reprodução. Há diálogos, eles são escritos em um fundo preto com letras brancas. Em uma ocasião, aparecem tais letras no tal fundo por outro motivo: a explicação da perda de uma cena. Alguns diriam: "Completamente experimental!", "Totalmente pseudo-intelectual!", "Afinal, qual o enredo do filme?", "Onde estão os atores?". Eu apenas lhes responderia: às vezes, a mudez diz muito mais.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O viajante




















Um filme de Paulo César Saraceni, baseado no livro não acabado de Lúcio Cardoso, de mesmo nome. Com a estonteante Marília Pêra no elenco, como podem ver na última foto. Além de ter a presença da também ilustre Leandra Leal, que aparece em uma foto sozinha. Milton Nascimento também participa do longa, cantando no decorrer do mesmo. Além de ter Tom Jobim como parte da trilha sonora, essa sendo composta para a metragem. Demonstrando as paixões de cada personagem como um forma de viver, o filme nos leva a um cenário de desgraças e perdição.




terça-feira, 4 de agosto de 2009

O bandido da luz vermelha

Mais um representante do cinema marginal. Sim, Rogério Sganzerla, com um filme bem diferenciado. Tal homem causou um grande impacto por onde passou, ele carrega o nome do longa, e com essa nomenclatura pois ele utilizava uma lanterna pra surprender as suas vítimas. Uma bela encarnação de Paulo Villaça, um belo humor ácido com radialistas ao fundo, declarando a metragem como se fosse uma narrativa. No mais, a cinemática é bastante usada, assim como em "Matou a família e foi ao cinema". Há ainda, filmagens de uma tela com letras em movimento, demonstrando as notícias na rua, e também a presença de um político estereotipado. A vida bandida de tal homem, que tem tantos nomes e tantos empregos é o assunto principal, muito bem utilizado por Rogério. Mulheres bonitas também têm a sua vez por aqui, e em tal película, chamam bastante a atenção, até pela maquiagem vislumbrante que nelas se encontra. Conseguiria a polícia pegar tal bandido? Ainda vale cinegrafar a ilustre e estonteante encarnação de Sônia Braga, uma das rainhas do cinema brasileiro, trabalhando como o seu primeiro filme, o primeiro de muitos que viriam, o princípio de sua grandeza, o início de sua jornada.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

The girl from monday

Sim, o nome do filme é em inglês aqui no Brasil. Ou seja: goodbye, tituladores e tradutores. Hal Hartley é o nome do homem que realizou tal metragem longa, e um dos poucos que mesmo após sucessivos sucessos com vários filmes em tal tamanho, continuou a realizar curtas-metragens. Para se afastar de Hollywood? Pra não ser classificado como um cineasta pop? Ou apenas por gostar de trabalhar com filmes curtos? Eu escolho a terceira opção como resposta. A modelo da foto é brasileira, e se chama Tatiana Abraços, ela trabalha como uma "imigrante" nessa ficção científica, vinda de Monday, pra Terra, em um futuro onde os seres humanos possuem códigos de barra e vivem como produtos de um mercado altamente consumista (tal palavra é bem comum na vida real). É a revolucão que chega no mundo, e existem os contra-revolucionários que pretendem acabar com tal controle de uma empresa que domina esse modelo de vida: a Triple M. Nas escolas os alunos são sedados e aprendem por realidade virtual. O ator Bill Sage é o apresentador do mundo e que encontra Tatiana, resolvendo abrigá-la em sua casa. Um mundo onde o sexo é feito pra aumentar o seu potencial como consumidor e onde os que fazem sexo por prazer são imigrantes e não possuem códigos de barras, ou seja, extraterrestres.

Matou a família e foi ao cinema

O cinema novo de Glauber Rocha já apareceu por aqui. Faltava outro movimento cinematográfico revolucionário do país: o Cinema Marginal. Tal filme é do glorioso Júlio Bressane, e com um nome bem peculiar, é filmado de uma forma não menos diferente. Mostrando a ligação da morte com a paixão e como isso acontece. Começando com a vida de um homem que mata a sua família com um canivete. A talentosa Renata Sorrah também participa do filme, e se eu não me engano, faz dois papéis diferentes, as duas morrem ligados por paixão, uma dela e outra do marido. Na foto ao lado, ela se encontra sentada na cadeira, após a mãe da moça ajoelhada ter se matado, pois descobriu que a sua filha demonstrava um afeto diferenciado pela amiga. Com pouco mais de uma hora de filme, o longa é: rápido, forte e rasteiro.

domingo, 2 de agosto de 2009

Billy Elliot

Um filme de Stephen Daldry. Nada melhor pra postar esse filme do que ouvir a sublime Tiê cantando e tocando suavemente com o seu 1 ano de aprendizado no violão e no piano (rimou sem querer). Tal filme mostra a vida de Billy Elliot, um garoto que sonha em se tornar um dançarino profissional de ballet. Sim, eu disse ballet, e não jogador de futebol, nem advogado ou médico. Vejam as sapatilhas penduradas nele na foto ao lado. Elliot dança até quando se encontra irritado, chutando tudo que lhe aparece na frente. O que lhe dá tanta raiva é a dificuldade que ele tem pra conseguir realizar o seu sonho, e não a sua quimera ou utopia. Jamie Bell é o encardor escolhido para ser o grande astro do longa, não tratando de ser diferente. O pior obstáculo de Billy, creiam ou não, é a sua família, e não o mundo lá fora. O seu pai quer que ele vire um futuro Arcelino Popó Freitas, mas ele, quer dançar ballet, como John Travolta dançava antigamente.

O carteiro e o poeta

Michael Radford com um filme poético. Com o talentoso Philippe Noiret, encarnador de "Expresso para a liberdade", e o destruidor italiano Massimo Troisi. Noiret vivenciou a pessoa de Pablo Neruda no longa e poetizou o mesmo. Cartas e poesias em um mesmo filme. Um carteiro, e um poeta em uma mesma metragem. Duas profissões tão importantes que é impossível não reconhecer a ofição essencial delas. Que vivam os carteiros e os Nerudas do mundo todo, que sejam prezados os seus trabalhos. Isso me lembra uma música, chamada de "Please Mr. Postman" (por favor, senhor carteiro), dos Marvelletes. Agora, imagem a situação, um carteiro se apaixona por uma moça e pretende enfeitiçá-la com a poesia de Neruda, pois ele conhece o próprio. Enredo pra filme,não? Sim.

sábado, 1 de agosto de 2009

O dragão da maldade contra o santo guerreiro

Antonio das Mortes, para os estrangeiros. O dragão da maldade contra o santo guerreiro, para os brasileiros. Mas duas palavras são para o mundo todo: Glauber Rocha. Novamente ele, o matador de cangaceiros, que não tem santo padroeiro, já conhecido aqui por "Deus e o diabo na terra do sol". Othon Bastos faz tal longa novamente, porém, dessa vez não é mais Corisco, o vingador de Lampião, mas sim um bêbado, vejam só que decadência. De resto, é a mesma umbanda presente no outro filme, os pobres cantarolando e dançando nas ruas do sertão e mais um duelo. Dessa vez é o santo guerreiro o inimigo de Antonio. Mas quem seria tal santo? E conseguiria tal santo acabar com a raça do temível matador de cangaceiros, que não tem santo padroeiro? É o cinema novo, e não o novo cinema nem a Nouvelle Vague, mais uma vez por aqui. Um carvanal cinematográfico de Glauber, tratando de um assunto paradoxal: a desgraça no sertão nordestino.

As virgens Suicidas

Nada melhor do que postar sobre tal filme, ouvindo Radiohead, exatamente o que faço no momento. Ouvir a voz do depressivo Thom Yorke ao tentar descrever um longa de uma cineasta filha do também cineasta Francis Ford Coppola. Sentiram o poder? Muitos lhe consideram um gênio da Sétima Arte. Sofia Coppola é o nome dela. Não, não é o nome da moça da foto. Essa se chama Kirsten Dunst, e parece ser a preferida de Sofia. Assim como Penélope de Almodóvar, ou Scarlett de Allen nos dias de hoje. Kirsten é conhecida (ou não) por ter trabalhado na trilogia do Homem-Aranha, como a estonteante Mary Jane, a "teia" de Peter Parker. Falando sobre a família das irmãs de 13, 14, 15, 16 e 17 anos, tal história de Jeffrey Eugenides, autor do livro em que o filme se baseia me envolveu como as teias de Peter Parker envolveram Mary Jane.