sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Viagem a lua (sem acento novamente)

Em mil novecentos e dois
Poucos anos depois
Dos irmaos franceses
Lumiere (burgueses)
Projetarem ao
Publico em geral
O cinema tal
Audiovisual
Começava entao
Uma nova açao
Com camera e luz
O que me seduz
Era mudo sim
E tao bom pra mim
O George fez
Tal, tambem frances
Ao inves da rua
Viagem a lua
Rapido tambem
Nao cansa ninguem
Os efeitos sao
D'outra geraçao
Mas tambem sao bao
Chamam a atençao
O acento nao


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Clube da Luta

As 8 regras do Clube da Luta:

1. Não fale sobre o Clube da Luta.
2. Nunca, jamais, fale sobre o clube da luta
3. Quando alguém gritar "pára!" ou sinalizar, a luta acaba.
4. Somente duas pessoas por luta.
5. Uma luta de cada vez.
6. Sem camisa, sem sapatos.
7. As lutas duram o tempo que for necessário.
8. Se for a sua primeira noite no clube da luta, você tem que lutar!

Me lembro desse filme como se tivesse lhe visto hoje. Na madrugada. Só não lembro o programa. Só não lembro o ano. Só não lembro o porquê. Só não lembro dos lutadores. Só não lembro muito bem do fim. Só não lembrava das regras. Só não lembrava que tinha visto ele. Não lembrava também que já tinha visto uma parte final dele de volta, em um outro ano. Que não lembro qual é. E não lembro o porquê. Mas lembro que essa última vez foi numa cama de casal. Mas lembro que não faz muito tempo. Mas lembro que havia mais alguém. E lembro até quem era. E lembro até quem eram. E lembro até o que eram. E lembro o que faziam. Lembro o que ocorreu depois. Não em seguida do filme. Sim em seguida dos dias. Em seguida do tempo. Em seguida da vida. Em segundas e terças. Inseguras cabeças. Como a dos lutadores do Clube da Luta. Como eu mesmo. Como eu mesmo. Como eu mesmo. Como eu mesmo

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sin City

Quem nunca ouviu falar em Frank Miller? E em Quentin Tarantino? E em Robert Rodriguez? E em Bruce Willis? E em Jessica Alba? E em Mickey Rourke? E em Clive Owen? Tá bom, parei por aqui. Vejam que o meu computador voltou a ser brasileiro, porém o blog no post de hoje é estrangeiro. O tal do Frank criou a história, que começou como quadrinhos ou HQ. O tal do Quentin foi convidado pelo tal do Robert pra dirigir uma cena do longa desse. O tal do Bruce já fez "Sinais" e "O sexto sentido", por exemplo. A tal da Jessica é bastante deliciosa. O tal do Mickey não é o Mouse. E o tal do Owen não é o jogador da Inglaterra...

sábado, 24 de outubro de 2009

Quarto 666

Mais um de Wim Wenders. Porem, dessa vez (a maquina aqui continua sem acento) sem a aventura contida no filme de estrada, postado anteriormente. O filme de hoje se passa como um documentario, com diretores em um quarto, durante o festival de Cannes de 1982. Longa? Curta? 46 minutos, pra nao haver duvidas. O homem da foto? Wim Wenders? Nao, tal velho que parece mais uma chamine, ja apareceu por aqui anteriormente. O seu trabalho? Pelo o que eu sei ele e realizador cinematografico, ou seja, diretor. A sua origem? Pelo o que eu sei ele e frances. O seu nome? Jean. Sim, o tal do Godard, que aparece em "Eduardo e Monica", pois essa quer ver um dos seus filmes. Tal idoso e o primeiro a aparecer na metragem. Ele fala bastante coisa, inclusive do jogo de tenis que passa na televisao. Ao longo dos 46 minutos, passam pelo quarto e aparecem na frente da camera, sentados ou nao, com meias ou nao, fumando ou nao, bebendo ou nao, falando em ingles ou nao, Chantal Akerman, Michelangelo Antonioni, Maroun Bagdadi, Ana Carolina, Mike De Leon, Rainer Werner, Fassbinder, Jean-Luc Godard, Romain Goupil, Monte Hellman, Werner Herzog, Robert Kramer, Paul Morrissey, Susan Seidelman, Noël Simsolo, Steven Spielberg e Wim Wenders. No final, ainda ha a gravaçao das palavras de Yilmaz Güney, um diretor turco que nao comparece ao festival, pois fora impedido pelo seu pais. Sim Ana Carolina e brasileira, e ela fala em portugues no quarto. Me perguntam: "Por que Quarto 666?". Perguntem pro Wim, quando forem a Alemanha. Aproveitem e façam outra pergunta: "Qual e o futuro do cinema?", pois quase trinta anos depois, alguma coisa deve ter mudado, pelo menos um pouco da historia... e aquela arvore que aparece na filmagem, quando Wenders narra, continua por la... eu acho...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O Show de Truman

"Busca de imagens no Google: Liberdade". Ah, a liberdade, o que pode ser explicado com apenas uma foto, apenas um milesimo de segundo, ou um final de um filme caro, e que mesmo norte-americano, nos falta saber que o diretor e australiano. Vejam que a maquina aqui continua nao colocando acento em nada, pra combinar com a lingua inglesa. Pelo menos assim, nao coloco acento errado em alguma palavra que tenha. O diretor australiano? Peter Weir. O diretor da vida de Truman? No filme eu nao sei o nome dele, mas quem lhe personifica se chama Ed Harris e parece com o grande Ingmar Bergman, pela sua boina classica colocada sobre a sua cabeça pelada ou quase. Talvez tenha sido a inspiraçao de Peter, ao criar o diretor que criou Truman no longa. Mas afinal, quem ser Truman? Lembram do Ace Ventura? Do Mascara? Ou ate mesmo do Todo Poderoso? Pois e... aqui ele carrega uma parte do nome da metragem. Jim Carey. O mesmo que fez Brilho eterno de uma mente... (o nome do filme ta quase todo escrito). Quem ja nao viu aquela frase: Voce esta sendo filmado? Truman nao deve ter visto tal frase durante quase toda a sua vida, so se ocorreu um erro na direçao. Mas o clone de Ingmar Bergman nao deve ter cometido tal falha, pois Bergman nao cometeria. E se cometeu, Truman nao percebeu, e viveu achando que sua vida poderia dar um filme, sem ao menos saber que ela era o proprio. Sim, uma vida assistida pelas televisoes de todo o mundo, uma vida vivida com todos os seres humanos do planeta, gerando emoçoes das mais diversas formas, a cada segundo, desde o seu nascimento. Um mundo onde os figurantes sao as pessoas que Truman nao conhece, enquanto que os que ele conhece pouco sao coadjuvantes, e os que ele conhece bastante sao protagonistas. A sua mae e o seu pai, por exemplo, dois protagonistas importantissimos pra sua vida. Os seus amigos e a suas amizades coloridas tambem. Ele nao sabe que em cada canto do seu mundo, ha uma camera, em cada buraco possivel (naqueles nao). Ate mesmo no buraco do apontador lapis. Alguns diriam: "Isso e Big Brother!". Semelhante sim, a diferença e que toda a sua vida se encontra nele, e nao ha um vencedor (ou ha). Imaginem se Truman soubesse que filmam ele ate quando ele se encontra em um momento intimo, ou principalmente nessa ocasiao. Ha uma camera no vaso? Deve haver. Uma no chuveiro? Ate no Big Brother tem. Onde esse mundo acaba? No final veras. O ceu e o limite no mundo de Truman? Certamente nao. E sim as paredes do cenario... ah a liberdade...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

My Generation: a historia do The Who

Pra aproveitar a falta de acento da maquina na qual lhes escrevo agora, pois ela virou britanica, hoje aparece por aqui, um documentario da banda do mesmo reino da desgraçada. Quem? Isso, mesmo: Os Quem. O nome do filme de Murray Lerner tem a mesma nomenclatura de um dos maiores classicos do grupo. Bueno, eu mal conhecia Os Quem, e o documentario me deu uma bela ajuda, desde as brigas ate as mortes. Era pra falar de mortes? Quem nao sabe ja deveria imaginar que isso aconteceu, pois o rock and roll da epoca era bastante ligado com o falecimento. Orgias, bebidas, drogas e brigas, "Quem" no rock and roll ja nao passou por isso? O acelerado baterista soube bem o que significavam tais palavras. O resto do grupo usou de anfetaminas, claro, o que lhes dava vida. Ah sim, o que nao se encontra no chao compos bastante coisa pro grupo, ou quase tudo. Com os seus braços de passarinho, ao tocar nas suas guitarras, Pete quebrava as mesmas nos amplificadores, gerando a loucura e ou o pavor do publico. O que influenciou o grande mestre Hendrix. Sim, vejam o poder de um dos componentes dos ex-Detours (nome antigo da banda). Agora olhem pro homem do centro, e vejam se nao parece Robert Plant. O nome dele e Roger. Sim, a grande voz dos Quem. Mas quem seria o baixista dos Quem? Quem? John, que aos 60 anos decidiu voltar pra sua juventude extasiante. Se ele usava ecstasy? Bom, ai eu ja nao sei. So sei que o jovem das baquetas colocou fogos de artificio dentro de sua bateria em um show na televisao ... o apresentador teve uma surpresa... creio que tal apresentaçao tenha sido a mais explosiva da banda...


domingo, 18 de outubro de 2009

A vaca e os seus contos fantasticos (filme pelotense)

Perdao pela falta de acento, mas e que tal maquina virou gringa de repente. Mesmo sem acentuaçao irei postar sobre um filme nacional, regional e citadino. Mais um. Mais um de alguem que estuda na faculdade de cinema daqui. Mais um video pequeno, porem, nao de um minuto. A idealizadora de tal pelicula se chama Daniela Lopes, que começou o curso no ano passado e me chamou a atençao pela plasticidade das cenas que trabalhou no filme. Dani tambem tira fotos extraordinarias, com extrema sabedoria de luzes e arte. Por isso que o cenario do curta que idealizou foi bem artistico e com uma iluminaçao diferenciada. A estetica nao e so a sua virtude, mas a ideia pro assunto da metragem tambem: um jovem que assiste tv durante quase todo o filme. Tal jovem e Victor Albaini, um dos colaboradores de tal blog, que ja comentou em alguns posts. Victor tambem cursa cinema e aparece como unico ator em "A vaca...". No mais, ha ainda um ou uma figurante que varre em uma determinada cena. Vale tambem parabenizar o trabalho de desenho de Leonardo Bourscheid, que dirigiu, fez alguns objetos que aparecem na tela, alem dos creditos e da abertura. Cinema nao tem acento, nem Pelotas...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

No decurso do tempo

Mais um filme alemão. Sim, mas desta vez não é de terror, nem do famoso Expressionismo.
Tudo bem que não é tão novo, mas também não é tão velho. O que lhes lembra o ano de 1976? Nada? Wim Wenders, o realizador da mesma pátria de Adolfo, lançava tal filme. Sim, são quase 3 horas de longa que não parece longo, pois prende a atenção (pelo menos comigo aconteceu isso). Tá certo, eu vi 2 horas do filme, mas isso já é mais do que a metade. Sim, o filme é em preto e branco, não é só a foto que apresenta tais cores. E isso não lhe torna mais chato, pois ao vermos a maneira como foi feito, esquecemos da coloração. Não, não digo que vi o making of, mas quis dizer sobre o assunto tratado na metragem. Já que insistem, direi duas palavras que podem dizer muita coisa: road movie. Mais três: filme de estrada. O loiro do bigode conserta máquinas reprodutoras de filmes, enquanto que o outro ali, se diz pediatra... vejam só como uma história pode ser boa... se Hilter tivesse visto esse...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O gabinete do Dr. Caligari

Robert Weine é o nome dele. Sim, mais um do Expressionismo Alemão. Mais um lançado ontem: 1920. Mais um assistido aqui no meu quarto, no escuro, e sem nenhuma dama da década de 20 por perto (é claro que eu gostaria que fosse uma da década de 90 mais ou menos). Weine, e não Wine, deve ter assustado milhares de pessoas durante anos, e ainda deve assustar (eu sou um exemplo). Fico imaginando aquelas damas da alta sociedade alemã indo no cinema mais moderno de Berlim com uma pose, e na hora de sair, agarrada no marido, tremendo, assustada com tudo. Fiquei pensando se alguns revoltados da época assistiram o filme, como o ilustre Hitler e o seu bigode alado, pois até mesmo um homem no longa de pouco mais de uma hora aparece com um buço igual ao de Adolfo. Talvez ele tenha influenciado o líder nacional-socialista. Talvez não. A Alemanha recém havia saído da primeira guerra mundial, isso pode ter influenciado o movimento expressionista. O terror que os alemães viveram pode ter sido expressado na arte, como forma de libertação. A segunda guerra mundial nem tinha chegado ainda... e as damas alemãs da alta classe nem sabiam (ou sabiam?) que viveriam um terror fora das telas, em suas próprias peles (e não em seus casacos de pele), alguns anos depois...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Nosferatu

Uma palavra: Murnau. Quatro algarismos: 1922. Sim, no mesmo ano em que surgiu a URSS e a semana da arte moderna. F. ou W. me assustou ferozmente com tal película. Tá, tudo bem, não tive pesadelos e nem molhei a cama, mas há tempos não via um filme que me assustasse tanto. Eu fiquei pensando se eu visse ele no cinema lá na década de 20 com um dama ao lado, e ela se agarrando em mim ao mesmo tempo em que gritos ensurdecedores abafassem a trilha sonora perfeita do longa. 3 coisas pra assustares alguém com um filme de terror:
1º. Filme com câmera antiga, e de preferência em preto e branco ou sépia.
2º. Tenha uma trilha sonora realmente instigante, com sons minimalistas repetitivos e até mesmo algumas vozes no fundo.
3º. Que ele tenha um cenário antigo, e o figurino também seja dessa época tratada na arte.
Isso só foi dito pra querer demonstrar o que Murnau fez. Nada que eu tenha inventado. Existem umas mudanças de cores nas cenas, que também me deixaram temeroso. Só sei que depois de ter visto o filme, o computador aqui desligou duas vezes quase seguidas... feliz dia das crianças...

domingo, 11 de outubro de 2009

36 poses (filme pelotense)

Eduardo Resing é o nome dele. O realizador do outro filme pelotense que aparece por aqui. Um filme mudo. Sim, esse é o segundo mudo seguido que posto. Eduardo é colega do Léo, que apareceu por aqui com "A Poesia Radical da Espera". E sim, esse também um vídeo minuto. E do mesmo ano que o vencedor foi o Peixoto (ano passado). Vejam só como o cinema da cidade não é o que muitos pensam. Ele existe. Não, não falo do cinema como comércio, mas dele como produção por aqui, dele como criação de uma nova frota de futuros cineastas com idéias a mil. Sim, devemos observar essa evolução no cenário cinematográfico da região. Lembram do Paulo Pons? Foi pra Alemanha com o seu "Vingança". Enquanto existe bastante gente ainda monstrando o "Cinema Novo" ou o "Cinema Marginal", o que é necessário pra um país subdesenvolvido, como o Brasil, se olhar no espelho, existem outros tantos que preferem não mostrar o que chamam de realidade, e criam obras magníficas, o que também é muito importante pra uma nação. Resing usou das duas maneiras pra fazer o seu minuto valer ouro...

sábado, 10 de outubro de 2009

Metrópolis

Duas palavras: Fritz Lang. Mais duas: Expressionismo Alemão. Outras duas: Ficção Científica. Quatro algarismos: 1927. Pronto, agora todos estão perplexos, prestes a desmaiar. 1927? Filme Alemão? Sim, por que não? E lhes digo, muito melhor do que vários norte-americanos que tenho observado. E não se impressionem se continuarem aparecendo filmes que quase fundaram o cinema (e não afundaram o mesmo). Mais duas palavras: Cinema Mudo. Isso lhes lembra mais outras duas: Charlie Chaplin. Digamos que se pareça um pouco na temática com "Tempos Modernos", mas só porque trata da robotização. Agora outros me questionam: "Mas como uma ficção científica alemã do fim da década de 20 pode ser boa?". A resposta já foi utilizada com duas palavras anteriores: Expressionismo Alemão. "Que porra é essa?". Um modo de fazer cinema obscuro, com forte tendência ao nebuloso. O que pode ou deve ter inspirado tantos diretores de terror e ou suspense. Mas isso o Marcelo Janot explica melhor do que eu, que sou somente um mero espectador que se fascina por quase tudo que é gravado e reproduzido. Ainda mais em película. Muitos devem achar: "A imagem deve ser horrorosa, com falhas e vários pontos pretos na tela". Por incrível que pareça, isso não foi visto por mim. Sim, vi o filme remasterizado. E do início ao fim, fiquei com medo daquelas imagens que passavam pelos meus sentidos, no mesmo momento em que meus tímpanos sentiam a o som em forma de música, na bela trilha sonora que tanto me assustou...


domingo, 4 de outubro de 2009

A Poesia Radical da Espera (filme pelotense)

Leonardo Vieira Peixoto é o nome dele. Sim, o realizador de tal micro-metragem, ou vídeo minuto, como queiram. Estudante da faculdade de cinema da Ufpel, que se encaminha (se eu não me engano) para o último ano do seu curso em 2010. Léo, como é conhecido e chamado pelos seus amigos e colegas, tinha 19 anos quando ganhou o 1º GP do minuto realizado no ano passado na universidade. Bom, acho eu que agora ele tem 20 anos, mas isso não é tão relevante no momento, mesmo sabendo que tem importância. O que mais vale ser exaltado e enfatizado aqui, é que Peixoto, ou Vieira (sem enaltecer somente um sobrenome), fez um filme criativo, colocando a sua autobiografia como tema dele. E qual seria tal temática? Com poesia e música próprias (que ele me corrija se eu estiver errado), imagens bastante dinâmicas e um final digno de um gênio. Sim, que seja dita a verdade. Léo tem leucemia, a doença é o motivo da espera? Não, o atendimento de pessoas que assim como ele, precisam lidar com tal palavra que muitas vezes poderia não existir de um forma tão forte, mesmo que ela sempre exista. Prêmio merecido.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Depois da Vida

Bem-vindo ao blog novamente! Pois pelo tempo que parei de escrever aqui posso dizer isso... bueno, o longa de hoje, feito pelo grandioso Eda, sim, o grande Eda, também conhecido como Hirokazu Kore-Eda. Como não conhecem Hiro? Ah bom, entendi, estão acostumados com filmes norte-americanos ou franceses, bom, isso é normal. O que não é normal é o assunto da metragem. Há algo mais misterioso do que a morte? ( O que acontece com a matéria "engolida" pelo buraco negro?). Algo mais amedrontador? ( O exorcista 2). O grande Hiro nos mostrou um idéia de como pode ser, ou como não pode, mas como poderia ser a vida depois da morte. Vida depois da morte? Sim, digamos que há uma espécie de vida depois da vida que vivemos vivenciando no mundo dos vivos. Eda nos apresenta por projeção, essa vida depois da morte em "Depois da Vida". Os mortos-vivos chegam nesse mundo e têm de escolher uma única cena para ser eternizada em suas vidas depois das mortes. Acham que que seria fácil pra um senhor de 92 anos escolher uma? Ou uma senhora de 104 anos. Imaginem o quanto é difícil até para os mais jovens. Existem milhares de cenas em nossas vidas, se elas forem longas ou nem tanto. Os que não escolhem, acabam trabalhando nesse setor de questionamento da cena. E quando se morre, nunca mais se envelhece, ou seja, em tal mundo as pessoas não envelhecem. A cena escolhida, presente da vida, é bem produzida também dirigida, contigo vivida, e reproduzida em tela crescida, pra sempre partida, memória esquecida da morte sentida, eterna, sabida.