quarta-feira, 22 de julho de 2009

Festa de Família


A Dinamarca deve ter ficado em festa após ser presenteada com um filme de um cineasta que criou o Dogma 95, juntamente com Lars Von Trier (o mesmo monstro que realizou Dogville e Manderlay). Thomas Vinterberg é o nome dele. Um filme lançado em 1998, mas que nunca vai ser passado. Com uma história sem muita complexidade, tão simples,porém tão bonita como as manhãs de inverno no campo. É o aniversário de um pai, o seu sexagésimo, e a reunião da família toda na sua mansão, para comemorar a data especial. Tudo parece perfeito, desde o encontro dos 3 irmãos, até o deles com os seus pais, todavia estamos lidando com um filme que não é convencional na sua técnica, seria ele convencional no seu enredo? Alguns podem questionar: "Como pode um filme sem trilha sonora editada?", "Então quer dizer que a trilha sonora faz parte da cena, e é gravada juntamente com a encenação?". Isso é apenas uma parte da "novidade" desse movimento revolucionário que busca acabar com a técnica exercida até então pelos cineastas do mundo todo. "E o Cinema Novo? Possuía uma trilha editada? E o Novo Cinema? E a Nouvelle Vague? E o neo-realismo italiano?" O Dogma 95 possui aspectos diferenciados desses tantos movimentos cinematográficos que revolucionaram o mercado da Sétima Arte. Mas claro que a idéia é fazer cinema de um modo diferente, assim como os outros movimentos. Há cenas em que a câmera é colocada nos lugares mais inusitados, trasnformando a visão do espectador, como: na lataria de um carro ou até encima de uma mesa. Isso tudo pra uma simples festa de aniversário? Acreditem, não era uma simples festa de aniversário. Estão confusos? Olhem pra família de vocês, o que ela é hoje. O que são as famílias hoje senão um casal formado por sonhos ambiciosos de um futuro lucrativo? Existem exceções, é claro. Assim como ainda existe o mico-leão-dourado. Sim, ele ainda existe.

Um comentário:

  1. Viva o Dogma 95!
    Viva Vintenberg!
    Viva Von Trier!
    Viva Renan!
    Todos revolucionarios.

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