terça-feira, 21 de julho de 2009

Deus e o diabo na terra do sol

Acabando com a sequência de filmes de Woody Allen, posto hoje um filme bem nacional, pra tirarmos o gosto de estrangeirismo da boca. Sim, é dele: Glauber Rocha, mais uma vez por aqui. Ele e o seu nacionalismo quase ufanista. Ele e o seu cinema novo. Ele e o seu experimentalismo poético. Assim como em "Terra em Transe", podemos colocar o seu pessimismo nesse filme. A desgraça no sertão é o assunto principal do longa com quase duas horas de duração. Dessa vez sem o ator Paulo Autran, mas sim com o destruidor Othon Bastos que aparece nessa imagem publicitária. Bastos representa Corisco, um homem que pretende vingar a morte de Lampião e Maria Bonita (pelo menos é o que ele diz). Ele se encontra com Manoel e Rosa, dois sertanejos sofridos, que tentam buscar uma vida menos desgraçada, logo após Manoel ter matado um coronel porque esse não queria lhe pagar pelo seu trabalho. Antônio das Mortes, matador de aluguel, entra no filme com o objetivo de acabar com o casal, e enquanto ele representa o Diabo, Corisco é o Deus, pois resolve enfrentar Antônio. Conseguiria Corisco vingar a morte de Virgulino e Maria Bonita? Deus sairia vitorioso em um filme de Glauber Rocha?

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