terça-feira, 30 de junho de 2009

Pixote - A lei do mais fraco


Quem vê o cartaz acha: "mais um filme estrangeiro". Negativo. O longa postado hoje aqui, é nacional. De 1981, quando a realidade começava a correr nas veias dos cineastas novos. Não, tal metragem não é do glorioso e aclamado, Glauber Rocha, mas sim do talentoso cineasta nascido na Argentina, e radicado brasileiro, Hector Babenco. Conhecido aqui no Brasil também por ter realizado "Carandiru". Começando de um modo nada convencional, mais parecido com um documentário, "Pixote - A lei do mais fraco", nos demonstra a vida do mesmo menino da foto, de nome homólogo ao longa, com exceção, é claro, da parte após o hífen. Mas não é um filme para aqueles que comentam: "me deu vontade de vomitar umas 40 vezes" ou "nojento", pois esses, devem possuir traumas de algum vômito decorrido de sua infância. A explosão do cinema novo no Brasil pode ter significado "uma faca cravada no abdômen" para muitos brasileiros. Sem querer dizer que tal longa aqui citado faça parte do movimento, mas que se assemelha bastante a uma de suas características: mostrar o subdesenvolvimento do país. Marília Pêra, monstruosa personificadora brasileira, no qual eu vi também em "O viajante", encarna na metragem citada agora. Conhecida também por "Central do Brasil", Marília faz uma mulher solitária e dada no filme de Babenco. Ela se encontra com Pixote e seus amigos no decorrer da história, assim, enquanto ela utiliza o seu corpo para chamar os homens, o menino e seus parceiros utilizam a arma para roubar-lhes o dinheiro. Tais amigos do protagonista, e ele próprio, são fugitivos de um lar pra abrigar moradores de rua, pelo que se percebe, mas talvez seja mais uma prisão para menores. Fernando Ramos da Silva, foi o excelente representador, ou melhor, vivenciador de Pixote, pois para mim há uma representação da própria vida de Fernando, que era menino de rua, e tornou-se ator após um teste pra esse longa. O menino foi a revelação do filme e continuou a trabalhar como encarnador em mais dois filmes, como o aclamado "Eles não usam Black-Tie" e "Gabriela, Cravo e Canela". Fernando morreu aos 19 anos, assassinado por policiais, pois foi o suspeito de um assalto, quando voltou à sua vida antiga, logo após não ter tido o mesmo sucesso que como Pixote, ao tentar trabalhar na televisão, pois segundo o que dizem, ele era semi-analfabeto e não conseguia decorar os textos, assim foi despedido. A pergunta que não quer calar é: "Quem afinal, morreu? Pixote ou Fernando?". Fernando virou assaltante após sua decepção na televisão? É o que dizem. Mas até que ponto pode ser comparada a realidade com a ficção? A interpretação com a personalidade? Um dia me disseram, que para ser um ator de verdade, o ator tem que viver o personagem, e se fores um Pixote? Roubarás fora do filme também? Exitem duas vidas para aqueles que atuam: a da cena, e a do mundo real.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Scoop


Irônico. Apenas uma palavra pra classificar o talentoso realizador que se encontra aqui novamente. Adivinhem quem é? Sim, ele mesmo. Woody Allen e sua concepção irônica e trágica da vida, novamente trazendo a sublime Scarlett Johansson. Pois todo diretor de cinema que se preze tem a sua musa inspiradora. Ouvindo primorosas óperas, novamente levo bofetadas no rosto, pois mais uma vez sou surpreendido por este monstro do audiovisual. Johansson, dessa vez é uma estudante de jornalismo audaciosa, que busca uma matéria pretensiosa após um jornalista falecido ter aparecido no seu caminho. Woody, dessa vez é um mágico, que busca impressionar a todos com a sua máquina da desmaterialização. Sim, uma máquina desmaterializadora. Revolucionário,não? Assim, Allen, que aqui se chama Sidney Waterman e Scarlett, com o nome de Sondra Pransky, se encontram. Uma ajudante de palco de Sidney escolhe Sondra para entrar na máquina revolucionária. Em meio a tarôs e mágicas, o filme me deu um choque, fez eu usar mescalina, injetar heroína e levar uma surra. Deitei, pensando como Allen consegue ser tão irônico, até mesmo ao tratar da morte. Hugh Jackman, protagonista do longa, com a sua cara de homem bravo e maldoso, encontra Sondra ao longa da história, pois ela quer conhecê-lo. Por trás de tal homem, que no filme se chama Peter Lyman, está um suposto serial killer. Esse é o motivo pelo qual faz Sondra ir em busca de Lyman. Afinal, ela é uma futura jornalista, e quer conseguir o "furo do ano". Fingindo ser uma atriz, e filha de Waterman, ela entra na vida de Peter com tamanha convicção que esquece de sua própria vida. Em umas das cenas do desfecho,Sondra pergunta a Hugh, encarnado em Lyman, o que ele está pensando, e este cita uma frase em que pode ser resumida toda a metragem: " Como a vida é irônica e trágica.".

domingo, 28 de junho de 2009

Tropa de Elite


José Padilha. Wagner Moura. Fernanda Machado. O primeiro e simples nome é de um magnífico e atual diretor brasileiro, com o seu trabalho mais bem reconhecido pela crítica especializada e familiar. Padilha eternizou o seu nome em minha memória, com esta, que é a sua primeira ficção. Muito se falou de "Tropa de Elite" durante um bom tempo. Lançado em 2007, é lembrado ainda por todos brasileiros, e talvez nunca seja esquecido. Com uma temática forte, o filme nos traz ação do início ao fim. Sim, armas,drogas,corrupção, assuntos que aqui no Brasil estamos acostumado a ouvir falarem. O que poucos conheciam é o BOPE, assunto mais focado ao longo do longa. O que muitos conheciam era a música homóloga ao filme, do Tihuana. O que muitos conheceram é o rap do MC Júnior & MC Leonardo e a Bateria da Rocinha, chamado de "Rap das armas", que virou moda em boates e discotecas do Brasil. Sim, a trilha sonora sendo completamente influente na vida de nós, brasileiros, até mesmo aqueles que não moram na favela. O segundo nome aqui citado, é de um personificador que para muitos pode ser chamado de "Capitão Nascimento", por tamanha a encarnação de Moura neste. Suas frases, como: "Pede pra sair", "O senhor é um fanfarrão", "Não vai subir ninguém", "Tu és moleque", "Pega o saco", "Vinte anos de curso", "Vai enfiar no cu?", "Senta o dedo nessa porra", "Quem manda nessa porra aqui sou eu", "Nunca serão", "Então bota a porra da bandoleira", "Dá a 12 aqui", "Já avisei que vai dá merda isso" e "Bota na conta do papa" são recitadas até hoje. Até funk com tais citações já existe. O terceiro e último nome, é de uma estonteante personificadora brasileira. Já não bastava ter um rosto maravilhoso e um corpo não menos sublime, Fernanda resolveu entrar no mundo das personificações, o que fez excelentemente. Maringá, cidade natal da encarnadora, deve estar orgulhosa de tal mulher. Agora, finalizo com três nomes não menos importantes, André Baptista, Rodrigo Pimentel e Luiz Eduardo Soares. Tais nomes são dos escritores do livro que deu origem ao filme de Padilha. A nomenclatura deste é quase a mesma do longa, por uma simples inversão de palavras: "Elite da Tropa". André e Rodrigo são policiais do BOPE, enquanto que Luiz Eduardo Soares é um antropólogo. Além de ressaltar também, a importância do roteirista Bráulio Montovani, que fez o roteiro juntamente com o José e o Pimentel. Terminando de uma forma destruidora, assim como todo longa, Tropa de Elite chega na Elite da Tropa, facilmente.

sábado, 27 de junho de 2009

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa


Woody novamente por aqui. Porém com um filme bem mais antigo do que os outros postados anteriormente. Allen tinha apenas 40 anos, ou melhor, Alvy Singer. Sim, nesse longa, Woody faz um judeu, assim como em "Igual a tudo na vida", porém agora ele é protagonista, além de humorista. Diante Keaton, conhecida por "Alguém tem que ceder", aqui faz a companheira de Alvy, chamada Annie Hall, que também é o nome original do longa. Assim como o filme em que trabalha com Cristina Ricci e Jason Biggs, este trata de um casal e seus desentendimentos. Como aconteceu quando assisti seu outro filme citado nesse post, ri do princípio ao crepúsculo. Uma explosão de sarcasmo invadia meus ouvidos ao presenciar Singer e sua vida. Suas idéias excêntricas sobre a mesma, e o seu amor por livro que trate de óbito, deixaram minha risada transcender os limites das cordas vocais. Novamente colocando personagens que vão ao psicanalista, e novamente colocando personificadores que discutem com o telespectador suas desgraças. Novamente com suas citações clássicas e sua ópera desenfreada e contundente. Alvy acha que a vida pode ser divida em duas partes: a horrivel e a miserável. A horrível é sobre os casos terminais, os cegos e os aleijados. A miserável é tudo o que sobra, ou seja, a sua própria vida, assim, deve agradecer por ser um miserável, pois tem muita sorte. Começando, ao relatar uma anedota antiga para quem lhe observa de fora da tela, querendo demonstrar como se sentia em relação ao seu cotidiano, e concluindo com suas idéias sobre o que a arte pode significar ao tentar perfeccionar a vida, pois esta é triste, Woody deformou minha boca de tanto que me fez rir. Logo após uma cópula entre Alvy e Annie, Singer diz: "Como diria Balzac - Lá se foi mais um romance.".

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Camelos também choram

Byambasuren Davaa e Luigi Falorni. Dois nomes que estarão eternizados em minha memória. Com um documentário, que raramente aparece por aqui, mas que não deve deixar de aparecer. O primeiro nome é de um diretor mongol e não mongolão, pelo contrário, um gênio. O segundo, de um realizador italiano. O dois juntos, ao constituírem umas fusão cinematográfica, realizaram um dos maiores documentários do qual já tive a oportunidade de observar. O nome do filme já nos deixa um pouco por dentro do que pode ser tratado ao longo da história. Costumam falar de camelos ao relatar como tal animal pode ser útil ao ser humano, carregando o mesmo pelos desertos. Pois tal ser do gênero Camelus não precisa beber água a todo o instante, até porque ele aguenta sete dias sem bebê-la e com pouco alimento. Porém, a grande descoberta pra mim ao ver tal filme, e garanto que para muitos também, foi a de que alguns camelos lacrimejam ao ouvir o som de um violino antigo, e assim deixam seus filhotes se apoderarem de suas fontes de leite. Sim, deixam suas proles tomarem seus seios ou mamilos, a fim de obter forças para viver. Agora me questionam: " "Porque motivo eles choram ao ouvirem o violino soando em meio às desgraças do deserto?". Por saberem que existe a beleza na melodia. Por terem ouvidos. Por serem seres dotados de sentimentos. Talvez Newton ou Galileu expliquem as lágrimas com concepções físicas. Para mim, é simplesmente, a emoção de um ser vivo. Após ver o filme, pensei em passar alguns dias em Gobi, na Mongólia , com o meu violino, tocando sinfonias de Bethoveen, ou até mesmo "No llores por mí, Argentina". Talvez assim, eu possa saber, que emociono seres tão importantes pra vida humana, e lhes dar algo em troca, mesmo que não seja na mesma moeda e com o mesmo valor.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Match Point


Woody Allen novamente aqui. Dessa vez com um filme mais conhecido. Um soco no rosto de quem gosta de ter expectativas apuradas sobre o que vai acontecer no fim. Em meio a Dostoievski e Ópera, o filme nos relata a vida de um tenista. Não lhes direi mais pois acabaria com a genialidade sequencial de Allen. Scarlett Johansson mostra nesse longa, porque é a musa inspiradora de Woody. Freud certamente se impressionaria com o que vem junto com imagens e sons nesse nesse filme. O drama psicológico. Por incrível que pareça, assim como em Vicky Cristina Barcelona, Stewart, segundo nome de Woody, não aparece no decorrer da história. Diferentemente de "Igual a tudo na vida", o filme não me fez rir do início ao fim, até porque para mim não se trata de comédia. Mas me fez tomar um soco. Sim, um soco nos meus dois olhos, além de um no nariz. Deitei com o nariz sangrando e impressionado com a força do golpe que há pouco tomara. O que me faz gostar de alguns filmes é isso, as porradas que tomo ao vê-los até o seu desfecho. Há um momento em que o protagonista cita uma frase de Sófocles, e eu diria que é o quase-desfecho. A citação diz: "Jamais ter nascido pode ser a maior dádiva de todas".

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Não estou lá


Novamente uma biografia por aqui. Novamente um filme de Todd Haynes. Dessa vez, a vida de um dos maiores,senão o maior, astros da música folk. Isso mesmo, falo do talentoso e mentiroso Bob Dylan. Robert Allen Zimmerman, mentiroso até no seu nome, é tratado em tal filme. De uma forma mentirosa? Talvez. Como Oliver Stone fez, segundo Ray Manzarek, da vida de Jim Morrison? Por que não? Estamos falando de um filme, não de um folheto apenas escrito, unindo reportagens e entrevistas sobre tal músico. É por isso que filmes me agradam. Não precisam retratar o real. Robert era um mentiroso nato. Inventa nomes para si mesmo, identidades, como Fernando Pessoa na poesia e vida real. Sim, pois a poesia, assim como o cinema, transcende a vida real. É por isso que me faz ver pássaros encima de vulcões. Allen possuía e ainda possui várias faces. Dizem que um artista é multifacetado quando transcorre a arte de várias maneiras, Zimmerman era e ainda é um ser humano multi-facetado, pois faz da vida várias faces suas. É por isso que Todd, tranformou Bob ou Dylan, ou mesmo Bob Dylan em várias personificações no seu longa. Desde um negro, em sua infância, até uma mulher, em sua vida adulta. Sim, a mulher que lhe personifica, conhecida por muitos no cinema, se chama Cate. Sim, falo de Cate Blanchett, a mesma mulher que fez "Babel" de Alejandro, faz Bob por aqui. Até mesmo o grandioso Heath Ledger, monstruoso persofinifador já falecido, famoso por encarnar o Coringa em "Batman - O cavaleiro das trevas", encarna em Dylan e diz: "A política não existe". Até mesmo Richard Gere, famoso e destruidor encarnador, conhecido por trabalhar em diversos filmes humorístico-românticos ou não, como "Uma linda mulher". E por falar em Batman, até ele está por aqui, sim Christian Bale, famoso por interpretar ou encarnar no homem-morcego também em "Batman - O cavaleiro das trevas". Agora vocês me perguntam: "Porque colocar um negro?", "Porque uma raça negra em um homem branco?". Lhes respondo; "Bob, quando moço, era mais preto do que branco, não por fora, por dentro mesmo.". O folk é um estilo com raízes negras. Dylan era tão diversificado que até gospel já cantou. Posto aqui, ouvindo a magnífica Joan Baez, uma antiga namorada sua, de mesma idade, porém mais velha por alguns meses do que ele. Ela também cantava folk, só não criava, mas do que importa criar se o criador não sabe expressar nada? Bob sabia e ainda sabe expressar o que escreve. Gostava de escrever muitos protestos. Era contra guerras. Joan também era. Para muitos que acham que algumas pessoas nascem pra viver pra sempre com outras, aí que se enganam. Baez e Dylan viveram juntos durante um tempo. Mas não durou pra sempre. Talvez por gostarem das mesmas coisas. O fato é que vendo tal filme, lembrei-me de "Like a Rolling Stone", "Lay Lady Lay" , "All Along The Watchtower", "A Hard Rain's A-Gonna Fall", "Blowing In The Wind", "Desolation Row", "Hurricane", "It Ain't Me,Babe", "Mr. Tambourine Man", "With God On Our Side"...


terça-feira, 23 de junho de 2009

O arco

Kim Ki-Duk. Apenas uma palavra para denifir tal diretor sul-coreano: genial. Ainda lembro da magnífica trilha soando em meus ouvidos, fazendo com que minha mente larguasse tudo, e me dando uma vontade de subir no barco do velho ou senhor(como desejarem) que cria uma menina há 10 anos lá mesmo. Tal homem, sonha que quando a moça completar 17 anos, os dois irão se casar. Agora vocês me perguntam: "E os pais da menina?", "Onde se encontram?", "Como ela foi parar lá?", "Onde já se viu, uma menina ser alienada do mundo que não é o barco?", "O que tal velho tem na cabeça?". Não há como responder. Um filme é bom quando perguntas ficam sem respostas às vezes. A moça poderia representar a personificação da alienação. O velho poderia representar o instrumento que sufoca a menina. Algum pai que pretende superproteger sua filha, e o mundo lá fora, a sociedade lá fora como está não se torna cabível pra vida dela. Se Freud estivesse vivo, certamente arranjaria alguma explicação pra tal situação, e seria interessante saber seu ponto de vista sobre um longa atual e diferenciado, que por vezes esporádicas deixa o entendimento à vista de todos. Todos que chegam perto da menina, acabam quase cravados por uma flecha, que sai de um arco pelas mãos do velho superprotetor. Os pescadores que alugam o barco, acham que tal idoso é um lunático. Este, "responde perguntas por meio de flechadas", de um modo nada convencional. A menina para um balanço preso no próprio barco, e o seu criador atira flechas na parede atrás dela. Mantendo sua precisão, o velho nunca acerta na menina, pois isso acabaria com a sua própria vida, e esse não é objetivo quando se quer prever o futuro, porém algumas vezes é o que se encontra. São 3 flechas disparadas na parede. Após isso, a moça pega cada uma delas e avisa qual a resposta para o arqueiro, através do cochicho. Este, por sua vez, também responde cochichando ao questionador. Em um dia, a menina se "apaixona" ou se encanta por um moço que chega no barco. O velho percebe isso, e mesmo jogando flechas literais ou figuradas contra tal intruso, vê que deve casar com ela antes do tempo. Assim acelera o calendário: "arranca meses" e "pula dias". Em um dado momento, o moço diz que vai embora com a menina, pois acha que ela deve conhecer o mundo além daquele barco. O velho aceita abaladamente, e quando vê que sua futura esposa se vai, resolve pegar a corda que fica amarrada no barco em que ela está, e colocá-la no pescoço, com o obejtivo de se enforcar. O resto do filme vocês saberão, ao assistirem tal obra. O moço poderia representar a personificação da liberdade, ou o "primeiro andar" de cada ser humano. Freud poderia lhes dizer o que ele acha, se estivesse vivo. Há uma frase que finaliza tal longa, não sei de quem é, se faz parte de algum livro, só sei que me chamou a atenção. Minha memória perdeu uma palavra que vem após a palavra "arco" em tal citação, que é: " A força do som e de um arco. Quero viver assim até a morte."


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Anjos do Sol


Rudi Lagemann. Fernanda Carvalho. Antonio Calloni. Vera Holtz. Chico Diaz. O primeiro aqui citado, é o devastador realizador, também roteirista e personificador, além de editor, gaúcho, com o primeiro e único longa-metragem em que excerceu a direção geral .O segundo nome, Fernanda Carvalho é de uma estrela recém-nascida, mas não prematura, que lida com televisão e teatro. O terceiro nome é de um magnífico encarnador, conhecido por trabalhar na televisão, mas que já atuou em vários filmes brasileiros, como: "O Passageiro - Segredos de Adulto", "A paixão de Jacobina", "Poeta de Sete Faces" e "Outras estórias". Além de também trabalhar no teatro, com várias peças. O quarto nome aqui citado, é de uma conhecida personificadora, mais conhecida pela televisão, por atuar em várias telenovelas, mas que também já trabalhou no cinema além desse filme, como: "Capitalismo Selvagem" e "Bendito Fruto". O último nome aqui citado, refere-se a um talentoso encarnador, que trabalhou muito mais com a sétima arte do que na televisão, filmes como "Gabriela, Cravo e Canela", "A terceira margem do rio", "Amarelo Manga", "Ouro negro" e "Deserto Feliz". "Anjos do Sol" trata de um assunto nenhum pouco novo pra nós brasileiros, a prostituição infantil. É o cinema brasileiro, com o seu poder, e o cinema gaúcho com a sua raça.

domingo, 21 de junho de 2009

Maús Hábitos



Já viram um convento de freiras (seria redundância?), abrigar prostitutas? Pois Pedro, novamente por aqui, realiza uma bitolagem em que isso ocorre. Sim. Um convento que abriga mulheres que tratam o sexo como forma de ganhar o seu sustento. Carmen Maura, a mesma que apareceu no post anterior como protagonista de "Mulheres à beira de um ataque de nervos", agora é personificadora dessa obra de hoje. O filme de hoje é mais velho que o do último post, por isso Carmen se apresenta com um futuro próspero, sendo lançada ao sucesso por Almodóvar, o homem que tem como musa inspiradora hoje, a magnífica Penélope Cruz, que começou no seu mesmo país, a Espanha. Mas Penélope não participa desse longa. O outro nome em que na foto se encontra, é de outra encarnadora espanhola, Marisa Paredes. Nascida em Madri, Marisa encarnou diversos filmes do mesmo realizador do filme de hoje, tais como: "De Salto Alto", "A flor do meu segredo" e "Tudo sobre minha mãe". Finalizando de uma forma revolucionária, Maus Hábitos nos deixa um gosto de "necessito de mais filmes de Pedro".

sábado, 20 de junho de 2009

Mulheres à beira de um ataque de nervos



Pedro de novo por aqui. O realizador espanhol, que já manipulou "Carne Trêmula", "Volver", "Fale com ela", "Maus Hábitos", "Matador", "Má Educação", "A lei do Desejo", "Ata-me", "Que fiz pra mercer isto?" e "Tudo sobre minha mãe", aparece agora com essa obra-prima. O nome é grande mas o filme é a sua antítese. Apenas 85 minutos para o desenrolar de uma grande história. O que se encaixa de um modo perfeito, graças à Almodóvar. Carmen Maura, a protagonista da história, encarnada em Pepa, é conhecida nos filmes desse ilustre diretor. Tais como: "Volver", "Máus Hábitos", "Matador", "A lei do desejo" e "Que fiz pra merecer isto?". Sua encarnação é avassaladora nesse longa. Há também, o grandioso personificador Antonio Bandeiras, que também é produtor, cantor, e realizador cinematográfico espanhol. Bandeiras atuou em outros filmes de Pedro, como: "Matador", "A lei do desejo" e "Ata-me". O longa do post, é de uma temática criativa. Demonstrando o humor nas situações conjugais, e o que isso acarreta na psicologia feminina. Assim, como vários filmes de Almodóvar, é um filme bastante feminino.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lavoura Arcaica


Luiz Fernando Carvalho pela primeira vez. Selton Mello pela terceira vez. Raul Cortez e Simone Spoladore pela vez principiante.Leonardo Medeiros. E por fim, Raduan Nassar. O primeiro aqui citado refere-se ao magnífico diretor , realizador de "O Rei do Gado", "Pedra sobre Pedra"(telenovelas dos anos 90) , "Irmãos Coragem" (refilmagem da telenovela original dos anos 70), "Esperança",(telenovela de 2002), "Os Maias"(minissérie de 2001), "Hoje é dia de Maria"(minissérie de 2005), "A Pedra do Reino" e "Capitu"(microsséries de 2007 e 2008, respectivamente). O segundo nome aqui declarado, já foi dito duas vezes anteriormente. O terceiro nome, é de um magnífico encarnador de televisão, cinema e teatro, falecido por realidade, mas eternizado por sabedoria, que trabalhou em diversas peças, telenovelas,minisséries e filmes, como: "O sorriso do Lagarto", "Esperança", "Terra Nostra", "O rei do Gado", "Rainha da Sucata", "Aguenta, Coração", "Hamlet" e "Don Juan". O quarto nome, é de uma esbelta encarnadora brasileira, que trabalhou em: "Os maias", "Esperança" "O ano em que meus pais saíram de férias" e "Primo Basílio".O quinto nome, refere-se ao transcendental personificador, que personificou em: "O cheiro do Ralo", "Não por acaso", "Feliz Natal" e Budapeste". E por fim, o último nome, é de um destruidor escritor brasileiro, que criou o livro em que o longa se baseia, tal romancista e contador publicou apenas 3 obras, porém todas bem quistas e consagradas. Tais obras são: "Menina a Caminho", "Um copo de cólera"(que também baseou um filme homônimo) e "Lavoura Arcaica". Com uma linguagem poética, tal longa, dividivo em dois dvds somando ao total 163 minutos, me deixou abismado e paralisado. Apenas contado a história de uma família que vive no campo.Tudo parece alegre, porém quando o filho mais velho do dono da "fazenda" foge de casa, a situação jubílica resolva tomar o seu paradoxo. Os alicerces que regem a família são postos "em cima da mesa", demonstrando que a paciência é a maior das virtudes.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Lisbela e o Prisioneiro


Outro filme de Guel Arraes. Outra encarnação de Selton Mello. Dessa vez com Débora Falabella como "mocinha" a mesma que encarnou em filmes como: "Cazuza - O tempo não pára", "A dona da história" e "Primo Basílio". Seguindo o seu roteiro bem elaborado, podendo até ser musicado, pois mais parece se tratar de poesia, Guel Arraes mostrou a magnitude do cinema brasileiro e como ele pode evoluir, utilizando-se do humor nacional. Além disso, novamente com Selton, magnífico encarnador. Não posso deixar de fora o grandioso Marco Nanini, que trabalhou em filmes como: "Caramuru - A invenção do Brasil" e "O Auto da Compadecida"(filme postado anteriormente) e a magnífica Virgínia Cavendish que encarnou também em "O Auto da Compadecida".

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O Auto da Compadecida

Com Guel Arraes , Selton Mello e Matheus Natchergaele juntos só podia sair uma obra-prima. O primeiro é o magnífico diretor de tamanha película que já dirigiu "Lisbela e o prisioneiro", "Caramuru - A invenção do Brasil","Meu tio matou um cara" e "O Coronel e o Lobisomem . O segundo, aclamado encarnador, que já trabalhou em "Lisbela e o prisioneiro", "Lavoura Arcaica", "Cheiro do Ralo", "Meu Nome não é Johnny","Caramuru - A invenção do Brasil", "O que é isso, companheiro?" e "Nina". E por último, destruidor encarnador, que já encarnou em "Tapete Vermelho", "Nina", "Cidade de Deus", "Central do Brasil" e "O que é isso, companheiro?". Preciso dizer algo mais? Sim, preciso mencionar o gênio Ariano Suassuna que criou a peça pela qual o filme é baseado. Guel Arraes é inovador em sua linguagem, com um roteiro extremamente bem trabalhado. E Ariano é inovador na peça, criando situações hilariantes até mesmo quando se trata da morte. Viva Suassuna e Arraes.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Cazuza: O tempo não pára


Dispara contra a tela, é forte, é por acaso
Sua bitola boa, cheia de imagens, ele é o cara
Cansado de filmar na direção contrária
Sem pódio de chegada em festival ou quiquito em Gramado
Ele é mais um cara
Mas se você achar que o Daniel tá derrotado
Tanto o de Oliveira quanto o Filho, tás errado
Pois bem, o Walter é o cara

Filho bem, na produção
E eu vou saboreando na televisão
Com a qualidade que me lembra a época

Mais uma obra aqui e isso é fato
Minha idéia nesse post veio à jato
A Sandra é rara, na direção

Eu não tenho prosa pra poder falar
Às vezes, n'alguns filmes é bom viajar
Procurando um rima perfeita ...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

2001: Uma odisséia no espaço




Revolucionário. É a melhor palavra para definir tamanha obra-prima do gênio da ficção científica e do cinema em geral, Stanley Kubrick. Pela segunda vez aqui, o que é pouco ainda. Começando de uma forma diferenciada, "2001: uma odisséia nos espaço" me demonstrou o que era e o que ainda é Kubrick e sua magnífica produção cinematográfica. Um filme de 1968. Arthur Clarke, não menos gênio que Stanley, é o criador da história, baseada em duas obras do autor, incluindo uma homônima do filme. Clark também fez o roteiro juntamente com Kubrick. Um longa de 139 minutos dos quais só 40 são dialogados. Principiando com a tela preta e uma música no fundo, durante alguns minutos, "2001", nos deixa sem saber se nossa a tv está estragada ou o longa é mesmo assim. A reprodução vanguardista que assistimos é um eclipse, com a destruidora música clássica "Also Sprach Zarathustra" de Richard Strauss. As primeiras cenas que aparecem são da Terra na "Aurora do Homem", ou seja, os primórdios da humanidade. Assim, vemos macacos gritando, pulando, comendo e brigando (o que não é ficção científica e nem seria diferente com o ser humano). Há uma parte em que um felino ataca um dos primatas, tal cena é chocante. Há outra parte em que um macaco encontra alguns ossos e resolve usá-los como "porrete". Nessa parte, a música de Strauss aparece novamente de uma forma triunfante. Em uma certa ocasião, os macacos encontram um objeto não-identificado no solo, tal objeto aparece também no final do filme, porém milhares de anos depois . Após alguns minutos de exibição da "Aurora do Homem", o filme tem um dos maiores cortes da história do cinema mundial, pulando milênios e chegando até o ano de 2001 com uma música do magnífico músico Johann Strauss, chamada de "Danúbio Azul". A partir daí o longa só é reproduzido através do espaço, e se torna mais realista do que fictício. O grande enredo do filme gira em torno do computador inteligente chamado de Hal 9000 e do objeto não-dentificado, mencionado anteriormente. Hal é o que eu chamo de um "pau pra toda obra" e o objeto é chamado de monólito negro. Os astronautas que estão em uma nave no espaço estão indo em direção a Júpiter para descobrir o fundamento de tal obejto escuro. Todos na nave dependem de Hal. E aí que se encontra o grande problema dos tripulantes, pois assim como qualquer ser humano ou qualquer máquina, Hal pode errar. E alguns erros podem ser fatais. Existem humanos hibernando no espaço, Hal está controlando eles. Quando a máquina que nunca havia errado antes, comete um equívoco, dois cosmonautas decidem se vão desconectar o computador genial. O que eles não sabem, é que Hal está fazendo leitura labial da conversa e entende o que eles querem dizer. A partir desse momento, a máquina revolucionária resolve impedir a sua desconexão, de forma que a vida de todos da nave corra perigo. Antes de finalizar, o filme nos mostra uma emocionante visão do espaço, com as mais variadas cores, e os mais extraordinários efeitos especiais já feitos por um cineasta na década de 60. É por isso que Kubrick foi devidamente premiado, e por isso que se encontra aqui hoje.



domingo, 14 de junho de 2009

The doors

Segundo Ray Manzarek, tecladista da banda e ex-colega da faculdade de cinema de James Douglas Morrison, mais conhecido como Jim, tal filme não é uma biografia. Sendo ou não, Oliver Stone conseguiu me prender durante mais ou menos 139 minutos de filme, quase sem me fazer piscar. Tanto pelo assunto do longa, quanto pela magnífica direção. É assim que considero uma boa direção, filmes que não me deixam piscar quase nunca. Mesmo que não seja uma biografia, ou seja uma biografia errada. Afinal, nada tem de totalmente real em uma biografia tratada no cinema. Já li diversas reportagens do vocalista da banda, ouço The Doors há algum tempo, portanto não vi tal filme com a intenção de saber como era ou como Oliver acha ou achava que era a vida de James. Assisti o longa por imaginar que seria bem dirigido, e claro, bem protagonizado pelo talentoso Val Kilmer. Pra saber sobre algum acontecimento,alguma biografia, é sempre recomendável ler um livro que trate só daquilo, não um filme ficcionário, ou para que não haja controvérsias, um filme que não se encaixa no gênero documental. Só em ouvir as clássicas da banda, senti uma vontade de voltar a ouvir "Light my Fire" ,"LA Woman", "Break on Through", "Roadhouse Blues", "Riders on the Storm", "Touch Me", "The End" ou "Alabama Song", e relembrar minha vida nessa época. É isto que também gosto no cinema: a nostalgia nos é concebida.

sábado, 13 de junho de 2009

Thelma e Louise

Ridley Scott. Susan Sarandon. Apenas dois nomes. O primeiro, reconhecido pelo filme "O gladiador" é o diretor. A segunda, a atriz reconhecida por encarnar uma mãe com câncer em "Lado a Lado", que neste longa interpreta Louise. Thelma é encarnada por Geena Davis. Esta quase sofre um estupro no começo do filme, mas é salva por Louise que atira no coração do estuprador, matando o mesmo. Thelma sai lesada mas não estuprada. Louise diz que elas precisam de dinheiro. Só pra lembrar, antes que perguntem, elas estão na estrada. O porquê descobrirás com o decorrer do longa. Após conseguirem dinheiro, elas encontram um cowboy encarnado pelo "símbolo sexual" Brad Pitt, que na época tinha quase trinta anos. A encarnação de Brad é JD, um assaltante. Bem, aí imagina o que ocorre. Sim, as "meninas" são roubadas logo após o sexo entre JD e Thelma. Assim, elas também resolvem roubar pra conseguir dinheiro novamente. Com os seus problemas formando uma bola de neve, Louise e Thelma são perseguidas pela polícia após vários roubos. O que fariam elas? Se entregariam pra polícia? Aí que vem o final o arrasador...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Delicatessen

Jean-Pierre Jeunet novamente por aqui. Só que dessa vez em dupla com Marc Caro. Um filme de 1991 mas que parece ser de 2009 pela magnífica arte que possui. A qualidade da imagem me deixou impressionado. Dominique Pinon, com uma grande encarnação, me demonstrou o seu valor. Encarnando em um homem que se candidata a zelador de um prédio que resta em um futuro avassalador. Tal homem porém, não sabe que o edifício serve como fachada ou vanguarda de alguns crimes cometidos por entre a construção. Não sabe que o síndico e o açougueiro tem um conclave para aniquilar os inquilinos e vender a carne destes. O problema do proprietário ou síndico, é que a filha do açougueiro se apaixona pelo homem que recém chegara, o mesmo que quer ser o zelador. Não entendeu? Bem simples, veja o filme.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Laranja Mecânica



Stanley Kubrick. Para muitos o melhor diretor de todos os tempos. Anthony Burgess. O escritor do livro homônimo que deu orgiem ao filme. Assim se formou um dos maiores clássicos do cinema. Laranja Mecânica. Um belo nome para um grande filme. A palavra ultra-violência é usada seguidamente em tal longa não por sensacionalismo. Há cenas realmente chocantes pra época. Alex, o protagonista da história é um ultra-violento. Espanca velhos. Se diz anti-velho. Ele e seu grupo de violentadores andam de branco pelas ruas. Saem pra beber leite. Um leite que lhes dá um maior incentivo à práticar atos violentos. Após beber tal lactose, os jovens partem em busca da ultra-violência. Durante todo o filme, Alex se comunica com seus amigos atrvés de gírias eslavo-inglesas chamadas de nadsat que o próprio Burgess descreve em seu romance. Palavras como "viddy", "krov","devotchka" e "toltchock" são exemplo da linguagem neologista. São tantas gírias que no fim do livro de Anthony há um dicionário só pra elas. Após a prática da ultra-violência de maneira descontrolada, Alex é encarcerado e aí que a trama começa a ficar mais interessante. Na prisão, o líder dos anti-velhos é submetido à técnica Ludovico, uma lavagem cerebral que pretende transformar o jovem violento.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O homem-elefante


David Lynch novamente aqui. Novamente baseado em uma história real. Porém, dessa vez, com o seu toque de esquizofrenia. Joseph Merrick de fato era uma anomalia, aqui no filme ele se chama John. Típico pra assustar criancinhas e até adultos em um circo. E era esse mesmo o seu trabalho. Até que Frederick Treves, um médico, resolve lhe ajudar, abringando a aberração em sua casa. O homem elefante fica lá em um quarto sob os cuidados de Freddie. Bytes, que era o "dono" de Merrick no circo resolve buscá-lo. Há um outro homem na história que aproveita do fato de conhecer Merrick e achar ele um tanto quanto anormal, resolve levar moças e homens ao seu quarto para terem uma "noite de horror". Lembrando que o filme não é preto e branco por não existir cor em filmes da época, mas sim porque Lynch quis. Tal longa é de 1980.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Assédio


Bernardo Bertolucci. De novo por aqui. Dessa vez não com "O último tango em Paris", mas com "Assédio". Um filme que que se passa na Itália. Trazendo personagens de fora. Um pianista inglês, que mora em um casarão antigo. E uma mulher africana que vai trabalhar como empregada de tal homem. Kinsky, o pianista, faz concertos em casa pra amigos. Shandurai, a empregada, espera que soltem seu marido, que participava de revoltas contra a ditarura, de uma prisão na África. Kinsky se apaixona por Shandurai, e até se inspira em seu corpo pra criar melodias no piano. Em dado momento Kinsky tenta agarrar a africana, dizendo que a ama, porém ela reage e diz indiretamente que é casada. Kinsky pede perdão, e diz que não sabia que ela era comprometida. No momento em que recua, a empregada diz que quer a libertação de seu marido da prisão. Em um outro dia, ela recebe uma carta, dizendo que o prisioneiro foi transferido e que sairá da prisão logo. Ela imagina que tenha sido seu patrão quem lhe escreveu. Assim como forma de agradecimento, resolve escrever uma carta pra ele. Acreditam no que lhes contei? Em tudo?

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Fale com ela


Pedro Almodóvar e Caetano Veloso. O que imaginam dessa dupla? Um grande diretor e um grande músico. Sairia um grande filme? Um espanhol e um brasileiro. Se acertariam em um longa? Duas mulheres estão em coma. Uma toureira que foi ferida por um touro e uma dançarina que foi atropelada. Dois homens estão tomando conta de cada uma. Um homem que mata uma cobra na casa da toureira e leva ela pra um hotel, já que esta não quer mais saber de ficar em casa. E o outro que vê a carteira da dançarina cair no chão e lhe devolve a mesma. Eles se conhecem no hospital e logo ficam amigos. Benigno, o "homem da carteira", conversa bastante com a dançarina, pois acha que mesmo em coma, ela entende o que ele diz. Já Marco não pensa assim. Benigno se diz gay pro pai de Alicia, a dançarina. Marco não sabe quase nada de Lydia, a toureira. Enquanto isso, Caetano canta "Cucurrucucu Paloma" e dá calafrios em Marco. Não lhes contarei o fim.

domingo, 7 de junho de 2009

Adeus,Lênin!


Wolfgang Becker. Apenas um nome. Duas palavras para um grande diretor. Yann Tiersen. Apenas outro nome. Mais duas palavras, só que agora, para um grande músico. Transformações de uma Alemanha socialista pra uma Alemanha capitalista no mesmo momento em que a mãe de um ativista, que luta pelos direitos socialistas, entra em coma. Ela não vê tais transformações, pelo menos no começo. Quando acorda do coma, seu fliho Alex, tenta fazer o possível para manter a Alemanha antiga na visão de sua mãe. Já que esta não pode ter uma emoção muito forte novamente. Alex até cria um programa de Tv pra tentar ocultar as mudanças sofridas pelo seu país. Mas a coca-cola entra no seu caminho.

sábado, 6 de junho de 2009

O Fabuloso Destino de Amélie Poulain

Jean-Pierre Jeunet. Audrey Tautou. Yann Tiersen. Apenas 3 nomes. E um grandioso filme se forma. Agora me perguntam: "Mas como um filme só com 3 pessoas pode ser esse, tão repercutido?". Respondo, o filme não é somente com as 3 pessoas, mas ele se forma pelas 3. O primeiro nome aqui citado indica o diretor de tal obra-prima. Fabuloso, assim como o nome do filme. O segundo, a encarnadora de Amélie Poulain, ou poderia eu chamar de a própria Amélie? E o terceiro, o músico multi-instrumentista que compõe a trilha do longa. A magnífica trilha de Yann. Conhecido também por "Adeus, Lênin!", gracas à sua destruidora música "Summer of 78". Mas aqui, eu falo de "La Valse d'Amélie" somente no piano, de "La Noyee" ou de "Comptine d'un autre été". Jeunet se mostra destruidor na direção, com seu modo fantasioso de fazer cinema. Nos demonstrando um mundo fantástico, o fabuloso mundo de Amélie. E o seu fabuloso destino.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Magnólia



Paul Thomas Anderson. Apenas um nome para um grande diretor. Magnólia. Uma flor ou o filme. Aimme Mann. Quem me fez ouvir a magnífica trilha. Principalmente "Wise Up" que é cantada pelos personagens também. Algo único em um filme que não é classificado como musical. "Isso é algo que acontece". Nunca esquecerei de tal frase dita no filme após a revolucionária chuva de sapos. Sim, anfíbios denominados sapos caindo do céu como chuva. Cena que para mim é o clímax do magnífico longa. Após vários acontecimentos tenebrosos. Pétalas da flor sendo maltratadas. Sim, cada pétala de tal angiosperma. Com Magnólia a Botânica fica mais bonita e o cinema agradece. Tal planta do reino Plantae, divisão Magnoliophyta, classe Magnoliopsida, ordem Magnoliales, família Magnoliaceae e gênero Magnólia é a grande obra de Thomas Anderson. Viva o longa com o nome da planta nativa das zonas temperadas do hemisfério norte.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dançando no Escuro

Lars Von Trier. Björk. Apenas dois nomes. Dançando no escuro. Somente 3 palavras. Não, não pensem que é o último filme da sequência de Trier. Esse filme é mais velho do que Dogville. O último da trilogia de Lars ainda não foi feito. O segundo nome aqui citado, assim como muitos a conhecem, se trata da cantora inlandesa que, nesse caso, encarnou. Sim, a diferenciada cantora Björk. A Islândia é um país revelador de artistas monstruosos, pois além dela, a banda Sigur Rós é de lá. Como se não bastasse cantar de uma forma única, tal islandesa chamda Björk encarna de um modo destruidor. Misturando musical com drama, Von encaixa tal moça perfeitamente. Com um final cabalístico, Trier mais uma vez me mostrou sua magnífica forma de fazer filmes. Preciso ver tal longa novamente. Há tempos não consumo essa vontade.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Manderlay

Lars Von Trier. Bryce Dallas Howard. Somente dois nomes. Manderlay. Apenas um. A continuação da magnífica trilogia desse monstro do cinema. Grace agora é encarnada pela filha do diretor de "O código da Vinci" e "Anjos e Demônios" Ron Howard, Bryce. Eu não precisaria mais continuar com o post, pois só com os dois nomes já bastaria. Após a explosão de Dogville, Lars continua sua sequência de forma sublime. Nada é convencional em seus filmes. Nada. A valorização das encarnações em seus filmes é única. Por isso o desprezo no cenário. Bryce, assim como encarnando uma cega em "A vila", se mostrou espetacular no longa de Trier. Mandelay é bem mais escuro do que Dogville. Até porque trata do rascimo. Constituindo assim, um fundo preto. Em Dogville o fundo alternava entre o preto e o branco, demostrando a noite e o dia. E para muitos, que pensaram no pior em perder Nicole Kidman, pra mim foi mais um ganho de Lars. Essa mudança de personagem foi mais um motivo pra eu dizer que seus filmes não são convencionais. Nicole foi pra Dogville o que Bryce foi pra Manderlay. Obrigado Lars.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Dogville


Lars Von Trier. Nicole Kidman. Apenas dois nomes. Dogville. Apenas um nome. Espero não ter esquecido muito do que assisti há alguns anos nesse filme revolucionário. Querem a revolução no cinema? Conversem com Lars. Vão pra Dinamarca. Ou até façam parte do Dogma 95. Lembrando que Dogville não faz. Ainda lembro do que falavam mal sobre o filme. "Não há quase nada no cenário!". Pra mim isso era mais um motivo pra assistir tal obra. "Onde se viu, as casas não têm parede, e algumas não têm nem portas!". Outro motivo pra eu querer apreciar o longa. "Todas as cenas têm cortes assustadores!". Mais um motivo. "O céu é de uma cor só!". Perfeito. "Há desenhos no chão pra demonstrar algumas coisas ou até mesmo o cachorro!". No mínimo interessante. É por isso que já assiti tal filme mais de uma vez, e tenho vontade de revê-lo sempre. É um vício. Existem vícios dos mais variados. O meu é Dogville. A vila dos cachorros. Fazendo parte de uma trilogia que ainda não foi concluída. Amanhã lhes mostro o segundo filme da sequência. São tantas questões debatidas sobre o fime que não caberiam em um só post. Dividido em capítulos, o longa acaba com a idéia de um cenário cinematográfico tão bem estruturado e cheio de objetos ou construções. Dando um extremo valor às encarnações. Nicole Kidman que o diga. Uma obra-prima. Viva Trier.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Vanilla Sky


Cameron Crowe. Tom Cruise. Penélope Cruz. Alejandro Amenábar. Apenas 4 nomes pra marcar essa obra-prima. O primeiro, o diretor de tamanha magnitude. O segundo, o encarnador de tal pintura. A terceira, a encarnadora e musa desse quadro. Sim, um quadro. Um quadro de Monet. "Céu de Baunilha". Sim, baunilha, dessas que ingeres em expressos, ou até mesmo em sorvetes. E o 4, e último, o inventor e roteirista da pintura. Monet estaria orgulhoso do feito de Cameron. Sua pintura foi utilizada pra arte dinâmica do qual lhes comento todos os dias aqui nesse blog. Não, isso não é um blog de crítica. Longe de mim saber criticar algum filme. Não sei, não tenho tamanha frieza. Querem ver uma crítica, vão ver a do Marcelo Janot. Aliás, muito boas. Aqui encontrarão apenas o que gosto, e nisso não está criticar. Divago sobre o que assisto, devaneio, solto as emoções presas que querem se libertar após cada longa que gosto. Resolvi postar sobre esse filme, porque resolvi escrever bastante hoje. Cameron Crowe me deu essa chance. Agradeço à ele. E também ao Alejandro Amenábar por ter feito "Preso na Escuridão", a primeira versão de Vanilla Sky, já que esta é o que chamam de refilmagem. Não, não assisti, infelizmente, "Abre los Ojos"(nome original), porém gostaria bastante de poder apreciar um filme que deu a idéia ao diretor Cameron, pra este fazer Vanilla. Penélope Cruz também faz "De olhos abertos"(nome do filme em Portugal). O de Amenábar se passa em Madri. Não é à toa que Crowe trabalhou na "Rolling Stone", pois a trilha sonora de Vanilla Sky é destruidora. Agredeço à Nancy Wilson pela "Elevator Beat", canção que torna o filme mais ligado ao Monet do que se estivesse sem ela. Cenas inúmeras poderiam aqui ser citadas. Mas nada chegaria perto do que é O ceú de vanilla. Nenhuma sinopse chegaria próxima. A banda islandesa Sigur Rós acaba com o filme. The Nothing Song é a canção final. Um fim que poucos filmes me deixaram tão impressionado quanto esse. Quanto ao roteirista Amenábar, só tenho a dizer: não pare nunca de criar. E ao Cameron: não pare de dirigir.