quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O gabinete do Dr. Caligari

Robert Weine é o nome dele. Sim, mais um do Expressionismo Alemão. Mais um lançado ontem: 1920. Mais um assistido aqui no meu quarto, no escuro, e sem nenhuma dama da década de 20 por perto (é claro que eu gostaria que fosse uma da década de 90 mais ou menos). Weine, e não Wine, deve ter assustado milhares de pessoas durante anos, e ainda deve assustar (eu sou um exemplo). Fico imaginando aquelas damas da alta sociedade alemã indo no cinema mais moderno de Berlim com uma pose, e na hora de sair, agarrada no marido, tremendo, assustada com tudo. Fiquei pensando se alguns revoltados da época assistiram o filme, como o ilustre Hitler e o seu bigode alado, pois até mesmo um homem no longa de pouco mais de uma hora aparece com um buço igual ao de Adolfo. Talvez ele tenha influenciado o líder nacional-socialista. Talvez não. A Alemanha recém havia saído da primeira guerra mundial, isso pode ter influenciado o movimento expressionista. O terror que os alemães viveram pode ter sido expressado na arte, como forma de libertação. A segunda guerra mundial nem tinha chegado ainda... e as damas alemãs da alta classe nem sabiam (ou sabiam?) que viveriam um terror fora das telas, em suas próprias peles (e não em seus casacos de pele), alguns anos depois...

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