quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Tango

Carlos Saura é o nome dele. Tango é o nome do filme. Mía Maestro é o nome dela. Miguel Ángel Sola é o nome dele. O primeiro é o realizador argentino de monstruosa metragem vista hoje por mim. A segunda é a deliciosa atriz que encarna perfeitamente em uma moça que faz aula de tango. O terceiro é o destruidor encarnador que vive o diretor teatral, personagem em que o filme mais foca, relatando os seus sonhos, e a confusão deles com a sua realidade. A trilha sonora do filme nem precisa ser perguntada, levando em conta o nome do mesmo. A fotografia, ela sim, poderia ser perguntada por muitos, e a melhor resposta seria ela mesma na sua frente. Um longa que não possui nenhum cena externa, ou seja, com filmagem na rua. Quando as cenas não ocorrem dentro de um cenário repleto de espelhos e várias cores pra iluminá-lo, o que é raro, são gravadas em ambientes internos. Por falar em cores, elas pra mim foram fundamentais na beleza de tal obra. A iluminação é excelente, tanto que o filme parece um espetáculo teatral. E isso tudo pra dar o tom sonhador de Miguel, com os seus devaneios e as suas lembranças. Há cenas em que um filme passa em uma tela no meio de tal cenário, e não me pergunte se isso é a imaginação dele ou a realidade, pois isso não é explicado. E ainda tem uma magnífica dançarina, encarnada pela não menos sublime Cecília Narova, que não dança tango, o tango dança ela.

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