sábado, 7 de março de 2009

O mesmo.

Existe um caminho
Que nos guia por toda jornada
As estradas mais variadas
O passageiro das ondas

Quando eu pensava em vida
Vinha-me uma lembrança de sonho
Algo interminável
Com estranhas sombras

Os ventos soprando ao anoitecer
As brumas de Jaguarão
Isso tudo leva-nos a metamorfoses
Canhões de esperança nos empurram

As diversas falas não são as mesmas
Sempre mudam um pouco
O crepúsculo não é como o princípio
Nem as auroras

Nada é o mesmo.
As canções não são as mesmas
Mesmo que Robert Plant ou Jimmy Page as achasse assim
Pois pra eles era uma questão atípica talvez

O que é considerado o gosto da carne
Pra alguns não é gosto
É como o chuchu
Que dizem não ter gosto de porra nenhuma

A cada olhar que tens vês uma nova esfera
É sempre novo!
A novidade das bancas de jornais
É sempre novo!

Claro como o som do silêncio
Quando se quer ouví-lo
São os dias que chegam sem deixar resquícios
E voam sem serem percebidos

Agarram-se nas pernas do sábio
E as curvas que fazem na reta
São vistas e não fotografadas
Dinamizadas como o cinema

Cobrar imposto por precaução
Seria o fim.
Rouxinóis sem cantar
Onde é que viu-se?

É como a monotonia
Que de fato não existe
Como o incolor
Que de fato não se vê
Nem seria visto
Se fosse presenciado

Os mesmos rumos
Tráfegos. Paralelos.
Não há.
Cada rumo tem de si
O que de si existe

O que cada lua encontra
Ao clarear as contra-dias
É o tudo.
Somente isso.

Seria simplório eu em falar do tudo
Se não falasse do nada antes

Renan

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